sábado, 16 de outubro de 2010

Lamb - Gabriel

ANJOS




Anjos...

Quem são os anjos ?
Os que instante a instante, de algum modo, partilham cada uma das àreas da minha vida e vejo e posso tocar?
Os que instante a instante me abraçam e me fazem cócegas, provocando em mim sorrisos quando sinto dor, rindo comigo quando estou feliz e mesmo não os vendo consigo sentir em cada célula do meu ser?
Quem são os anjos?
São seres visiveis ou invisiveis?
Será muito diferente ser visivel ou invisivel quando existe consciência?
Que diferença faz ter um corpo a três dimensões ou não sei a quantas dimensões quando somos o melhor que sabemos ser?
Será assim tão importante a visibilidade?
Fará isso uma grande diferença na minha vida?
Serei mais isto ou mais aquilo se souber que forma podem tomar?
Sinto-os a cada momento e eu acredito no que sinto, é a minha verdade, leva-me a mim.
E se nessa viagem até mim sou acompanhada por anjos visiveis ou invisiveis, torno-me numa imensidão de cores, movimentos e sons que gosto de ser.
Anjos?
Voam comigo por aí...




quarta-feira, 2 de junho de 2010

ALGO POR MIM

(Foto de J. Miguel Afonso)


Só eu posso fazer algo por mim, quando quiser, como quiser, com quem quiser.
...tenho tempo...esse tempo que não sei onde fica...mas que respeito...
Sorrir, dançar, abraçar, beijar é bom...faz-me bem.
Gosto de fazer o que me faz bem, aproxima tudo o que sou de tudo o que está aqui e agora para sentir.
E se me faz bem porque não faze-lo sempre, porque não tornar o sempre na vivencia do momento que me acolhe?
Afinal só eu posso fazer algo por mim, para quê então esperar mais tempo se nem sei se o tempo tem tempo para esperar por mim?
O caminho está lá, sempre esteve e sempre estará,apenas está...
...serenamente à minha espera para o caminhar...


domingo, 30 de maio de 2010

Olhos nos olhos


(Foto J. Miguel Afonso)


Fico encantada quando ouço alguém dizer que se encontra num estado de evolução superior à de um seu semelhante.
Que é isso de estado de evolução superior?
Gostava tanto que me conseguissem explicar este estado...mas que me explicassem bem devagar e sem pressas...de modo a sentirem cada palavra que permitem sair de dentro de si.
Superiores porque são mestres diplomados por outros mestres que sabem tanto como sabem os que ensinam?
Quem é superior a quem?
Quem é mestre de quem?
Como podemos ser superiores seja a quem for, se nem conseguimos ser superiores aos nossos medos?
Ou existe alguém que não tenha medo?
Despejamos palavras lindissimas de amor e perdão...e como é facil faze-lo perante os outros...ou não...
E quando estamos sózinhos connosco próprios?
E quando não temos uma plateia a ouvir-nos?
Como reagimos nós?
Como conversamos connosco próprios
...naqueles instantes em que existe um só espelho...nós...
... naqueles instantes em que podemos tirar todas as máscaras (se tivermos coragem) porque só nos vamos encontrar a nós...
Quem encontramos?
Seres superiores aos outros?
Mestres?
Gurus?
O deserto é extenso... a solidão uma aliada... os medos grandes lições.
Só existe um unico ser a quem temos de convencer: nós próprios...
E conseguimos faze-lo?
Conseguimos amar-nos?
Conseguimos perdoar-nos?
Fico encantada quando ouço alguém dizer que é superior a outro alguém...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Gosto...


( Foto de J Miguel Afonso)


Gosto de fechar os olhos e sentir apenas o pulsar da respiração que me cura, ser apenas o que sou sem pensar.
Gosto de sentir a energia radiante que corre feliz pelo meu sangue sem parar. Saberá para onde vai?
Certeza que não e que importa isso se a direção já está tomada desde o ínicio e permanece tatuada em cada uma das células que me formam?
Gosto de sentir a brisa do vento, abraça-lo e deixar que me envolva numa liberdade que é por si tudo, sem necessidade de procura.
Tudo é tão simples quando se gosta e se aceita só porque se gosta.
Ouvir o coração e adormecer suavemente consciente de nunca estar só por estar eternamente comigo mesma.
Gosto de fechar os olhos e viajar comigo por mundos invisiveis aos olhos humanos,
esses mundos de alegria onde apenas existe a abundância da realidade presente a cada instante sem limites
...onde não há principio por também não existir fim...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A direção da verdade


(Foto de J Miguel Afonso)

A verdade é a liberdade que nos mostra a direção do Amor
É a direção que em consciência tomamos para encontrar o campanário vazio do Amor e tudo fazemos para ir ao encontro de tal estado.
O Amor é um estado não uma procura
Em Amor só estando conseguimos ver e ver não é olhar.
Percorremos todos os caminhos para lá chegar.
Cortamos as amarras familiares.
Quebramos todas as regras sociais.
Saltamos os abruptos abismos do medo.
Todavia continuamos a procurar cortar, quebrar, saltar.
De nós para connosco bem sabemos que fazemos da nossa vida, uma busca constante procurando ideiais, ideiais que moram dentro de nós e nem nos apercebemos disso, procurando sempre ser melhor do que fomos no instante anterior. Comparando- nos.
Comparando-nos com os outros.
Comparando-nos connosco próprios.
Buscamos sentir o presente, esse presente silencioso que nos torna verdade nos torna vida, nos torna nós.
Doces seres humanos peregrinos do eterno presente na eterna procura de ser melhores do que fomos, do que quisemos ser rararamente sendo.
E o que fazemos?
Comparamos.
Mas comparações para quê?
Enquanto comparamos deixamos a mente tecer uma teia possessiva que nos amarra e nos faz crer no que na verdade não somos, nem precisamos ser.
Só a mente necessita de comparar.
Nada existe que possa ser comparado quando somos somente nós.
Que importa se alguém age assim?
Que importa se alguém pensa assado?
Que importa se alguém ouve cozido?
Que importa se alguém faz frito?
Para quê pensar nisso?
Que nos faz pensar nisso?
Que nos traz de novo?
Quando amamos não fazemos comparações, amamos simplesmente.
Quando amamos não procuramos ser melhores, amamos simplesmente.
Quando amamos não tentamos mudar nada nem ninguém, amamos simplesmente.
O Amor é isso memo, aceitar amar simplesmente.
E se amamos simplesmente não há procuras, não há comparações.
Há a simplicidade da não procura, da não comparação.
Existe a verdade de aceitarmos amar tudo e todos tal como se apresentam, na aceitação de tudo ter sentido por existir transparencia, tão simples que nem entendemos que pode ser apenas assim.
Mas é.
Só pode ser assim.
Sem procuras, sem comparações, apenas aceitando quem realmente somos.
E o que somos?
Isso é o mais fácil!
Nós somos a verdade, aquela verdade que não tem tempo, apenas está, dando e recebendo em partilha de vida.
O menos fácil? O menos fácil é sentirmos tudo isto... o menos fácil é sentir sem pensar.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Amor Maior


(foto de J.Miguel Afonso)


Amo a sensação de Plenitude de me encontrar contigo numa vibração desconhecida...

sempre que mergulho na profundidade do teu olhar.

Amo o desapego com que rasgo as letras do teu nome e as atiro à Terra...

porque não te quero para mim, nem pertença de mim.

Amo a serenidade de não precisar de estar contigo

porque estamos numa União Permanente para lá do Infinito.

Amo o sabor da leveza desta União

que não comanda Nada, pois Nada queremos.

Amo o voo que se forma em mim de ti juntando as nossas Almas Livres...

num Todo de sensações ténuas não descritiveis por sons humanos.

Amo a voz do vento quando me sussurra o teu nome

que penetra em mim como de sílabas sagradas se tratasse.

Amo o som do pulsar dos nossos corações numa melodia que salta do bater do Tambor de Fogo

e sobe para lá das Estrelas num querer Livre,

sem amarras de qualquer espécie.

Amo este Renascer contínuo sem medos nem apegos,

porque não são formas que se encontram mas Almas que se Re-encontram

e se diluem no Vazio Universal.

Amo a Metamorfose contínua desta Energia num Acto de Amor Maior

que me liberta num desenvolvimento evolutivo que ascende

a um nível muito...muito Maior.







sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Quantas cores o vento tem...



Gosto das cores do Vento
Gosto da voz da Terra
Gosto do sorriso do Sol
Gosto da caricia da Àgua
Uma selvagem que partilha a Vida
com todos os seres lindos
que se deixam descobrir
por serem como EU...
Aqueles que gostam de pintar a Terra
com quantas cores o vento tem

Alma do Tempo



Ser a alma do tempo...
O espaço sem tempo...
A vida num momento
que ninguem consegue contar
porque estava fora do tempo
Só momento...só eu...
Afinal...tão facil de entender...

(foto da autoria da minha amiga Mizé...goto ti miga minha)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Caminho do Meio


Quantas vezes já não ouvimos falar do caminho do meio...
Esse caminho díficil de seguir em linha recta, aquele que teimamos em explicar aos outros como sendo o mais díficil, onde encontramos mais pedras, mas sem duvida o que mais ensinamentos nos trás.
A senda divina, o caminho do infinito, o caminho até nós.
Quando falamos nele, uma expressão deveras solene trespassa como uma máscara sabedora pela nossa mente fazendo-nos crer que tão bem o conhecemos...que tão bem sabemos o quanto custa atravessar os seus trilhos sulcados de pedras muitas vezes dificeis de ver, outras tantas dificeis de contornar.
Só quem optou conscientemente sabe como fere nossos pés descalços, sedentos de alcançar algo que nem sempre entendemos mas queremos amorosamente seguir.
Pensamos acreditar no que dizemos e pensamos que quem nos ouve sabe que só falamos assim porque sabemos bem qual é.
Mas saberemos?
Claro que sabemos!
Mas sentiremos?
Bom...cada um de si para consigo saberá se sente.
Facil ou não será dizermos sentir sim, afinal o caminho do meio nada mais é senão seguir o coração.
E todos são convidados a seguir o caminho do coração.
Pois é.
É verdade sim.
Todos somos convidados a seguir o caminho do coração.
E sabemos faze-lo?
Pois claro que sabemos!
Pois eu não sei...
Eu procuro senti-lo instante a instante.
Eu sou o coração, o coração sou eu e nas 24 horas que dizem existir no dia terreno, ponho sérias duvidas se o consigo seguir 5 minutos diários...nesse espaço que chamamos tempo e que eu nem sei se existe ou se é apenas uma ilusão da minha mente travessa.
O caminho do meio sou eu.
Eu consciente da divindade que habita em mim.
Divindade existente em mim...acredito realmente nisso?
Como são faceis de dizer as palavras que atiro ao vento que passa...e rete-las em mim?
É assim tão facil também?
Quantas vezes calamos o que quer o coração soltar para não ferirmos os outros?
Ferir os outros...mas ainda acreditamos ter o poder de magoar alguém com as nossas palavras?
Não! Categoricamente digo não!
Só temos o poder de nos magoar a nós ao calarmos o que temos a dizer e não dizemos, o que realmente sentimos, em prol de não magoarmos os outros...
Somente temos o poder de nos magoar a nós por no momento certo não dizermos aquilo que deveras sentimos, seja a quem for, onde for, com quem for.
Calamos para não afastar os outros...e afastamo-nos de nós...e nós somos o caminho do meio...e nós somos os outros...afastamo-nos de nós...só de nós...
Permitimos que em nós se implante o caminho da direita ou da esquerda numa sinosoide de emoções desconhecidas mas bem patentes na nossa mente, semeadas pelas regras de uma sociedade não aceite mas que seguimos quais marionetes aladas socialmente correctas na incorreção do que somos.
Quantos disparates nestas palavras soltas sem nexo!
Será?
Serão?
Talvez sim...eu digo não sei...
Todos sabemos dizer lindas palavras dignas de provocar lagrimas ou aplausos a quem as ouve.
Mas paremos um pouco...só um instante.
Sosseguemos por um segundo a nossa ruidosa e travessa mente e nesse pequeno instante sintamos apenas.
Que conseguimos sentir nós?
A verdade?
Essa está no caminho do meio, dizia Sócrates talvez olhando um ponto invisivel aos olhos humanos.
Esse ponto somos nós.
É esse ponto que desnuda a entrada do caminho do meio.
Um ponto no meio do nosso universo, tão perto de nós que nem o vimos, um ponto ínfimo de tão imenso ser...nós...
Nós em nós.
O caminho do meio.
O caminho da união.
Aquele que transforma o individual no colectivo e o colectivo em mim...em ti...
Demasiado simples para entendermos com a simplicidade de apenas ser...ser eu...tu...nós...
De tão simples ser faz-nos perder pelas veredas dos extremos tão faceis de confundir com o caminho do meio...NÓS...

Mistico...Espiritual...apenas palavras lançadas ao vento quando queremos explicar o caminho que optamos por seguir...nós próprios.

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